Á pedidos...
Apresento aos leitores deste blog,
meu nada convencional currículo...
Apresento aos leitores deste blog,
meu nada convencional currículo...
É esse o meu preço, um
pouco de apreço meus caros, já fui boemia, já ouvi Cartola às três da manhã,
com um copo de vodka com limonada e um coração partido, já andei por ruas
escuras e perigosas, já chorei as pessoas sem lar, sem sequer saber seus nomes,
já esnobei belos e plásticos burgueses e mandei á merda o machismo latente e
impregnado na sociedade, já fui uma moça ingênua, romântica e sonhadora, e de
vez em quando não sou mais.
É inevitável, evitar seus
olhares companheiros, já fui comunista, já procurei paixão onde não havia mais
nada, já dormi em mansões e em praças, já carreguei bandeiras brancas no
Carnaval, já tomei porres em quarta feira de cinzas, já beijei apaixonadamente
de olhos abertos, já construí belos discursos que nunca saíram do papel, já
palestrei pra ninguém e incomodei o mundo.
É esta a minha verdade, um
pouco de ilusão realistas, já dancei reggae com padres, já me confessei pra
Lua, já me resgatei no fundo do poço, já peguei carona com a PM, já contei
estrelas em cidades que eu nem lembro o nome, já passeei por belos homens, já
me enfeitei pra ninguém.
Me perdoem a ebriedade
(in)corretos, mas já troquei confidencias com arvores e fiz amor com o mar (e
no mar), já abriguei malucos e pior, normais, já escrevi poemas em guardanapos
de botequins e fiz som em caixa de fósforos, já acampei no céu e achei um saco.
Portanto queridos futuros
pretéritos, não me julguem pela capa, eu nunca fumei maconha, nunca cheirei
cocaína, já bebi, não bebo mais, já tive casos, mas nunca com homem
comprometido e nem com os metidos, nunca cobicei namorado de amiga, e ainda
assim acreditem, eu sou bem mais louca e ainda melhor do que aparento, choro em
finais de filmes bregas, ouço Lupicínio Rodrigues, leio Fernando Pessoa e todos
os seus heterônimos, já cantei “Garçom de Reginaldo Rossi” em karaokê e ainda
tive tempo pra me apaixonar várias vezes e sempre antes do Sol nascer, e olha
que agora que eu tô com 28 anos. Tiara Sousa