terça-feira, 28 de outubro de 2008

Agora Foi

Exatamente como não deveria ser, foi “Agora Foi”. Numa ilha qualquer, em qualquer direção. Um povo que não ainda não sabe votar, uma gente sem memória, uma elite sem consciência, uma simplicidade sem beleza, uma classe média que só defende seus próprios interesses, uma volta triunfante e abominável e uma direita completamente errada. Doeu, doeu no sonho de crescimento, no embalo de uma esperança, na virtude de um comunista e na falsa democracia, tão falsa que irá dar leite em pó pra enganar a fome, porque a fome vai continuar, e irá falar bonito pra enganar a dor, que irá permanecer, e quantas pessoas terão de adoecer pra um belo hospital acontecer, quantos Castelãos serão preciso pra endividar a cidade, porque uma bela obra chama a atenção e chamar atenção reelege, quantos humildes ficarão desempregados, pra classe média se favorecer, mas como saber, mas como ajudar, mas como mudar, se pra “eles” o interessante é que o povo continue a não saber votar.
A ditadura, o militarismo, o coronelismo, e um belo discurso, uma campanha cara, sem paixão, sem emoção, sem respeito e com dinheiro é claro, muito dinheiro e alianças, por que o povo não quer, precisa, o povo não tem, merece, o povo ludoviscence vai, “agora vai” enxergar a realidade e daqui há uns anos esquecer novamente o que dói, o poder de poder, a ganância, o medo, o mal.
Serão quatro anos, e quantos anos mais, serão quatro longos anos, de guerras disfarçadas de paz.
Tiara Sousa

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